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Silence of The Organic - The Thingified World

  • carlospessegatti
  • há 3 dias
  • 1 min de leitura


Silence of the Organic


Quando o silêncio da natureza se torna ensurdecedor



“Quando a seiva silencia e o canto das folhas se apaga,

resta apenas o eco de máquinas solitárias

e o sussurro moribundo da Terra esquecida.”


Na sexta faixa do álbum The Thingified World, Silence of the Organic, Callera nos conduz por uma paisagem sonora sombria e desolada, onde a natureza já não canta, onde o corpo biológico jaz em suspensão, silenciado pelas engrenagens de um mundo pós-orgânico.


Entre ruídos industriais, frequências instáveis e uma melodia dissonante que atravessa o vazio como um espectro errante, o ouvinte é arrastado para dentro de uma meditação inquieta. Essa é uma faixa que pressiona o peito, como se o ar rarefeito de um futuro sem biosfera nos faltasse. É um som que não nos conforta — ao contrário, nos confronta com a pergunta: o que resta da vida quando tudo que era vivo se tornou ruído residual?


No silêncio da noite de uma cidade distópica, há ainda um resquício de clamor — talvez de uma consciência residual, talvez de uma alma da Terra que não aceita seu fim. Este lamento sussurrado, quase inaudível, emerge entre os ecos metálicos e pulsa com a esperança remota de um renascimento.


Silence of the Organic não é apenas uma faixa: é uma elegia tecnológica, um suspiro final da carne diante do domínio absoluto do sintético. Callera entrega aqui uma obra sonora que não apenas se escuta, mas se sente — na pele, nos pulmões, no medo e na saudade do que um dia foi orgânico.


Atena Cybele




 
 
 

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